A Suíça decidiu hoje proibir pelo menos até 15 de março qualquer
evento público ou privado que reúna mais de mil pessoas para limitar a
transmissão do novo coronavírus, designado Covid-19.
“Devido à situação atual e à propagação do coronavírus, o
Conselho Federal (Governo suíço) decidiu declarar a situação que atualmente
prevalece na Suíça de situação específica nos termos da lei sobre epidemias e
(...) proibir eventos públicos e privados que reúnam mais de 1.000 pessoas
simultaneamente”, segundo um comunicado do Governo.
Esta proibição entra imediatamente em vigor e será aplicada
pelo menos até 15 de março.
“Essas medidas provaram ser eficazes em outros países” e
cumprem as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), indicou o
ministro da Saúde da Suíça, Alain Berset, em conferência de imprensa.
Em eventos com menos de mil pessoas, os organizadores devem,
em colaboração com as autoridades, avaliar os riscos para determinar se podem
ou não os organizar.
“Observamos nos últimos dias que os casos se espalharam
amplamente em todo o mundo (...), em particular nos países vizinhos da Suíça,
refiro-me, em especial, na Itália e na Alemanha”, declarou Berset aos
jornalistas.
“Mesmo que as autoridades desses países estejam a fazer tudo
para controlar a situação, começa a escapar-lhes”, salientou o ministro.
Desde terça feira, a Suíça também foi afetada pela epidemia
do Covid-19.
“É uma evolução que não é uma surpresa” e “temos 15 pessoas
com resultados positivos [do coronavírus]”, afirmou Berset.
“Devemos esperar um aumento [do número] de casos nos
próximos dias”, alertou o ministro da Saúde.
O Covid-19, detetado em dezembro na China e que pode causar infeções
respiratórias como pneumonia, provocou pelo menos 2.858 mortos e infetou mais
de 83 mil pessoas, de acordo com dados reportados por meia centena de países e
territórios.
Das pessoas infetadas, mais de 36 mil recuperaram.
Além de 2.788 mortos na China, há registo de vítimas mortais
no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França, Hong Kong e Taiwan.
A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19
como uma emergência de saúde pública internacional e alertou para uma eventual
pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão.
Agência Lusa
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