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A emigração portuguesa para a Suíça diminuiu mais de metade entre 2013 e 2014, acompanhando a tendência do resto dos imigrantes europeus naquele país, que no ano passado aprovou em referendo limites à entrada de estrangeiros.
Segundo o 11.º relatório sobre livre circulação de pessoas entre a Suíça e a União Europeia (UE), no ano passado 6700 portugueses foram viver para a Suíça, quando em 2013 esse número atingiu um recorde, com 14300 chegadas.
Em 2014, 50600 pessoas emigraram para a Suíça, menos 25 por cento dos 68000 que chegaram ao país no ano anterior oriundos dos países da UE, Islândia, Liechtenstein e Noruega.
"O saldo migratório dos emigrantes portugueses, italianos e espanhóis passou de [uma média anual de] 13500 para 22300 entre 2008 e 2014", indica a Secretaria de Estado.
Isso corresponde a médias de cerca de 10200 chegadas de portugueses, 7600 italianos e 3500 espanhóis desde 2009.
A Secretaria de Estado refere no relatório que os portugueses, italianos e espanhóis trabalham principalmente nos setores da construção, da hotelaria e restauração e da agricultura.
Alem disso, a taxa de desemprego dos Portugueses na Suíça é mais elevada porque são bastante ativos naqueles setores e porque trabalham em regiões da Suíça onde o desemprego é estruturalmente superior.
No mesmo sentido, os Portugueses beneficiam mais das prestações sociais do Estado suíço do que as outras comunidades estrangeiras.
Portugueses, espanhóis e italianos representaram 40% do saldo migratório
Atualmente, os portugueses na Suíça são 269 mil, representando a terceira maior comunidade estrangeira do país depois dos italianos (313700) e alemães (310700).
Entre 2002 e 2008, cerca de 6600 Portugueses chegaram anualmente à Suíça, alcançando-se um pico de 10000 chegadas em 2003.
Na década anterior, entre 1991 e 2001, a Suíça acolheu cerca de 1100 emigrantes portugueses por ano.
Em 2014, os cidadãos portugueses, espanhóis e italianos representaram 40% do saldo migratório de todos os Estados da UE-27, Liechtenstein, Islândia e Noruega.
Nesse ano, moravam 8236600 pessoas na Suíça, entre as quais 2,4 milhões de imigrantes, equivalentes a 24,3% da população.
Neste relatório da SECO, realizado em conjunto com SEM (Secretaria de Estado das migrações), OFS (Gabinete Federal das Estatísticas) e OFAS (Gabinete das Seguranças Sociais), conclui-se que o balanço da imigração europeia para a economia suíça demonstra que a economia do país está em boa saúde, mas que ainda é muito cedo para ver as consequências da forte imigração destes últimos anos.
Agência Lusa
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