A procuradora que acusou o emigrante, natural de Santa Maria da Feira, dos homicídios da mulher e filho, perpetrados na Suíça em 2018, pediu a prisão perpétua para o arguido, atualmente a ser julgado num tribunal daquele país.
Para o Ministério Público, Américo Reis era um marido
ciumento e possessivo, que, depois de ter sido abandonado pela mulher, planeou
os homicídios. "Ele não disparou para todo o lado. Apontou para a cabeça,
o tórax e o abdómen. Disparou prolongadamente e de forma metódica", alegou
a procuradora Elodie Pasquier.
Foi a 25 de abril de 2018, que Américo Reis se deslocou ao
apartamento de Payerne, no cantão de Vau, onde a mulher, Anabela Cruz, passou a
viver, depois de se ter separado do marido. No final da tarde, armado de uma
pistola e de dois carregadores, disparou cerca de 30 tiros na mulher e no
filho, então com 18 anos. Um outro filho do casal não estava na habitação e não
assistiu aos homicídios.
Após o crime, fugiu mas acabou por se entregar as
autoridades e colocado em prisão preventiva.
Os advogados do emigrante pediram alguma clemência ao
tribunal. Para a defesa de Américo, o arguido matou a mulher e filho num
impulso, no meio de uma depressão.
Os advogados Tracy Salamin et Patrick Michod convidaram os
juízes a afastar a imagem de um marido possessivo e tirano, descrito pelo
Ministério Público. "Compreende as circunstâncias do crime, não será
desculpar ou perdoar", disse um dos advogados, durante as alegações finais
do julgamento.
A decisão do tribunal suíço será comunicada na próxima
segunda-feira.
In JN
Sem comentários:
Enviar um comentário